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sábado, 9 de agosto de 2008

A ORIGEM DA VILA MARINA



     COLONIZAÇÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE


 A ORIGEM DA VILA MARINA

               
Assim como milhares de italianos, o Sr. Giácomo Artoni, sua esposa Lúcia Alberici e quatro filhos. desembarcaram no porto de Santos, em busca das famosas terras férteis e da prosperidade tão difundidas pelas companhias colonizadoras na Europa, para atrair trabalhadores para suas colonizações.
               
               Assim que chegaram,  o Sr Giacomo e Família foram contratados para trabalharem numa fazenda de café em Jardinópolis, onde nasceu o caçula Alberto Artoni, em 20 de Abril de 1903. Logo o Sr. Giacomo veio a falecer, deixando viúva Dona Lúcia com os cinco filhos.

            Com  muitas dificuldades, a família foi juntando as libras esterlinas, que era a moeda mais recomendada para se guardar na época. Com  essas economias a viúva e seus filhos compraram um sítio no município de Presidente Prudente em 1923, para onde se mudaram.
                
                 Alberto Artoni, o mais jovem dos filhos, compra da Fazenda Montalvão em 1930 um sítio com plantação de café. A fazenda Montalvão era muito próxima da cidade  e possuia muitos colonos.
         Como a cultura do café já não estava dando rentabilidade, Alberto então resolve mudar sua cultura de café para frutas, principalmente peras e por isso, o sítio passou a ser chamado de chácara do Italiano.

                    Alberto já com 30 anos, conheceu Marina Meneguesso, filha de colonos, por quem se apaixonou, vindo a se casar em 13 de setembro de 1933. Dessa união, nasceram sete filhos: Gentila; Amilcar(falecido); Adílio(falecido); Alderico; Mário; Gilda e; Maria Lúcia. O casal adotou também um sobrinho de nome Aléssio Nazaré(falecido). Todos se casaram e constituíram família em Presidente Prudente.

                       Presidente Prudente  cresceu muito fazendo com que a fazenda ficasse dentro da cidade, então em 1951, Sr. Alberto  contratou a empresa Sociedade de Engenharia Representações e Corretagens de Presidente Prudente de propriedade do amigo Sr. Fernando Pereira da Silva, esposo da Sra. Marina Armelim, residentes até hoje na Rua Dr. Gurgel, 376.

Firma essa que desenvolveu um projeto para o loteamento do sítio de 9,52 ha, no que é hoje a Vila Marina em homenagem a esposa de Alberto Artoni Dona Marina Artoni e; da esposa de seu amigo Fernando, Marina Armelin.

                              A primeira casa onde Sr. Alberto morou com sua família ainda existe na esquina das ruas Joaquim Batista Filho com a Dr. João Franco de Godoy, residência do ferroviário aposentado Sr. José do Fio. O terreirão de Café, era onde se situa hoje a casa do Sr. José Morandi.
          
                              Em 1954, construiu uma nova casa para morar no início da Marechal Floriano Peixoto número 55, onde viveu até sua morte. Hoje o casarão abriga o 1º Distrito Policial de Presidente Prudente.

                                A proximidade com o centro da cidade e da Estação Ferroviária, fez com que muitos funcionários da estrada de Ferro viessem a comprar lotes da nova vila que por seu relevo muito irregular, cheio de morrotes e depressões chegou a ser intitulada como  a Suíça brasileira.
 A Vila Marina serviu de alavanca para impulsionar o desenvolvimento das demais vilas que se abririam além dela. Tanto que em 1962 o Sr. Alberto doou ao Estado, com a anuência da Prefeitura Municipal, um terreno onde se construiria um moderno prédio para abrigar a Escola Estadual de Primeiro Grau Antonio Fioravante de Menezes. 

                                 Dona Marina, era uma pessoa muito enérgica e justa. Gostava de comemorar os aniversários da família com grandes festas, onde reunia os filhos, netos, parentes e os muitos amigos. Tinha um coração nobre e cheio de amor. Faleceu em 24 de fevereiro de 1995.
Toda a extensão de sua fazenda, foi loteada. com, excessão de uma pequena gleba que mantinha uma família morando,  Dona Isaltina Benzedeira com seu marido Zé Cachoeira..
Nesta propriedade, existia uma pequena produção de hortaliças, plantas da época como, milho,  legumes, tubérculos  e frutas. 
A casa dos cuidadores, era circundada por uma cerca viva de pinhões bravo, e diversas árvores, onde os rapazes do bairro se reuniam, por ter uma visão privilegiada aos domingos para assistirem às peladas de futebol que transcorria em um campinho logo abaixo.

                                                    Informações fornecidas por Alberico Bezerra de Lima em 1998

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