COLONIZAÇÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE
A
ORIGEM DA VILA MARINA
Assim como milhares de italianos, o Sr. Giácomo Artoni, sua esposa Lúcia Alberici e quatro filhos. desembarcaram no porto de Santos, em busca das famosas terras férteis e da prosperidade tão difundidas pelas companhias colonizadoras na Europa, para atrair trabalhadores para suas colonizações.
Assim que chegaram, o
Sr Giacomo e Família foram contratados para trabalharem numa fazenda de café em
Jardinópolis, onde nasceu o caçula Alberto Artoni, em 20 de Abril de 1903. Logo
o Sr. Giacomo veio a falecer, deixando viúva Dona Lúcia com os cinco filhos.
Com muitas dificuldades,
a família foi juntando as libras esterlinas, que era a moeda mais recomendada
para se guardar na época. Com essas economias a viúva e seus filhos
compraram um sítio no município de Presidente Prudente em 1923, para onde se
mudaram.
Alberto
Artoni, o mais jovem dos filhos, compra da Fazenda Montalvão em 1930 um sítio com
plantação de café. A fazenda Montalvão era muito próxima da
cidade e possuia muitos colonos.
Como a cultura do café já não estava dando rentabilidade, Alberto
então resolve mudar sua cultura de café para frutas, principalmente peras e por
isso, o sítio passou a ser chamado de chácara do Italiano.
Alberto já com 30 anos, conheceu Marina Meneguesso, filha de colonos, por quem
se apaixonou, vindo a se casar em 13 de setembro de 1933. Dessa união, nasceram
sete filhos: Gentila; Amilcar(falecido); Adílio(falecido); Alderico; Mário;
Gilda e; Maria Lúcia. O casal adotou também um sobrinho de nome Aléssio
Nazaré(falecido). Todos se casaram e constituíram família em Presidente
Prudente.
Presidente Prudente cresceu muito fazendo com que a fazenda
ficasse dentro da cidade, então em 1951, Sr. Alberto contratou a empresa Sociedade de Engenharia
Representações e Corretagens de Presidente Prudente de propriedade do amigo Sr.
Fernando Pereira da Silva, esposo da Sra. Marina Armelim, residentes até hoje
na Rua Dr. Gurgel, 376.
A primeira casa onde Sr. Alberto morou com
sua família ainda existe na esquina das ruas Joaquim Batista Filho com a Dr.
João Franco de Godoy, residência do ferroviário aposentado Sr. José do Fio. O
terreirão de Café, era onde se situa hoje a casa do Sr. José Morandi.
Em 1954, construiu uma nova casa para morar
no início da Marechal Floriano Peixoto número 55, onde viveu até sua morte.
Hoje o casarão abriga o 1º Distrito Policial de Presidente Prudente.
A proximidade com o centro da cidade
e da Estação Ferroviária, fez com que muitos funcionários da estrada de Ferro
viessem a comprar lotes da nova vila que por seu relevo muito irregular, cheio
de morrotes e depressões chegou a ser intitulada como a Suíça brasileira.
A Vila Marina serviu de alavanca para
impulsionar o desenvolvimento das demais vilas que se abririam além dela. Tanto
que em 1962 o Sr. Alberto doou ao Estado, com a anuência da Prefeitura
Municipal, um terreno onde se construiria um moderno prédio para abrigar a
Escola Estadual de Primeiro Grau Antonio Fioravante de Menezes.
Dona Marina, era uma pessoa
muito enérgica e justa. Gostava de comemorar os aniversários da família com
grandes festas, onde reunia os filhos, netos, parentes e os muitos amigos.
Tinha um coração nobre e cheio de amor. Faleceu em 24 de fevereiro de 1995.
Toda a extensão de sua fazenda, foi loteada. com, excessão de uma pequena gleba que mantinha uma família morando, Dona Isaltina Benzedeira com seu marido Zé Cachoeira..
Nesta propriedade, existia uma pequena produção de hortaliças, plantas da época como, milho, legumes, tubérculos e frutas.
A casa dos cuidadores, era circundada por uma cerca viva de pinhões bravo, e diversas árvores, onde os rapazes do bairro se reuniam, por ter uma visão privilegiada aos domingos para assistirem às peladas de futebol que transcorria em um campinho logo abaixo.
Informações fornecidas por Alberico
Bezerra de Lima em 1998
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