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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Deu no Estadão há 75 anos!

Em homenagem a realização dos jogos Olímpicos, estamos publicando uma série de reportagens sobre esporte, que foram noticias em 03 de agosto de 1933, no Jornal “O Estado de São Paulo”, há exatamente 75 anos.
A curiosidade maior, fica por conta da ortografia aplicada naquela época, que chega a nos parecer língua estrangeira. Também nos chama a atenção, a simplicidade com que as matérias eram editadas. (Clique duas vezes para ampliar a foto e retorne a página anterior para voltar ao blog)

Foto do artigo publicado no "Estadão" em 3 de agosto de 1933



Foto do artigo publicado no "Estadão" em 3 de agosto de 1933



Foto do artigo publicado no "Estadão" em 3 de agosto de 1933

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Está provado!






Mais uma vez, a Justiça brasileira dá provas que a Lei não foi feita para todos, com a aprovação da súmula que limita o uso de algemas nas prisões ou cumprimento de mandados de prisões. Bastaram algumas celebridades serem presas e conduzidas algemadas, para que a mesma pudesse ver o que há décadas não conseguia; Quantos pacatos pais de família, foram tirados de seu ambiente de trabalho, algemados, por não pagarem pensões alimentícias? Muitas vezes questionáveis? E ninguém percebia? Sem falar em prisões por motivos mais fúteis ainda, que a gente nem percebe quando são noticiadas; Como o agricultor de Bataguaçú; Ou o caso do cidadão que colheu uma flor na praça pública em Rancharia-SP; Sem falar nos infelizes que furtam pequenos objetos em supermercados. Se a imprensa dá destaque às prisões desses milionários, é porque não estamos acostumados a ver isso no Brasil. E a imprensa só dá destaque, porque são celebridades. E por serem celebridades, eles deveriam ter ainda mais ética, pois estão cientes dos riscos que quaisquer deslizes podem acarretar. O ato de algemar é adotado,por quase todos os países, principalmente no país que se diz “ O berço da democracia e liberdade” Estados Unidos. Mas aqui,isso só era para os "Joões-ninguém". Os magnatas sempre eram convidados a comparecer nas delegacias. Quando uma autoridade resolve aplicar a Lei para todos, a coisa desanda. “Tudo está errado!”; “Isso e uma vergonha!”; “É um abuso!”; “Constrangimento!”; E por aí vai. Não é o ato de algemar só por algemar ou para dar publicidade, como disseram. São os personagens que são públicos. Por isso, teriam que ter uma conduta ética muito mais apurada que as pessoas comuns, para não serem filmados num flagrante desses.

Brasil: O país do “oito ou oitenta!”





Êta país difícil de se viver!

É “duro”, a gente conviver com tanta hipocrisia e ter que ficar calado.
Olhar para as pessoas depois de um noticiário e não ver uma expressão de indignação ou de espanto, diante das barbaridades divulgadas.
Ver nos rostos dos apresentadores de telejornais, a passividade enquanto mecanicamente, vão lendo seus textos. Ou dos risinhos de satisfação no semblante dos“santos do pau oco” entrevistados.

Estou falando, da nova lei do álcool no trânsito.

Os jornais de todas as emissoras mostram entusiasmados as prisões dos motoristas “cachaceiros”.
E as estatísticas de acidentes no trânsito então? Estas são as garotas propagandas. Ninguém se atreve a contestar. Nem eu!

Mas os níveis etílicos “zero” da Lei. Isso sim, eu contesto! Senão, vejam:
Todos os acidentes exaustivamente mostrados nos últimos meses atribuídos a motoristas alcoolizados, foram provocados por verdadeiros “pés-de-cana”, que nos índices antigos, certamente iriam parar na cadeia. Não são pessoas que ingeriram uma ou duas latinhas de cerveja. Mas dezenas de latinhas, ou litros de cachaça ou Wisk. As pessoas que apresentaram, simplesmente estavam "mamadas".

Não que eu seja um "pau d’água", mas admito gostar de após o expediente, bebericar uma ou duas cervejas, com amigos, antes de ir para casa. Na Lei anterior, eu fazia isso, sem nenhum constrangimento ou drama de consciência. Agora com esse terrorismo todo, não posso mais botar o assunto em dia com amigos; nem “falar mal” dos colegas de trabalho, que não estão presentes. Pois não ganho o suficiente para pagar um motorista particular ou mesmo arcar com as despesas de guardar o carro em uma garagem e alugar um táxi para ir para casa e voltar no dia seguinte ao trabalho, se quiser ter esse privilégio.

É tudo muito fácil para esses hipócritas moralistas, que não conhecem a expressão “meio-termo”. Nunca cuidam, quando resolvem cuidar, querem destruir. Como o pai que nunca castiga o filho, quando resolve tomar uma atitude, o filho já está maior que ele, então ele o mata.

“ Mas têm as estatísticas” dirão alguns. Sim 30% dos acidentes são causados por motoristas (não embriagados) com alguma taxa de álcool no sangue. Mas tem 70% que não beberam e causam acidentes. Isto corresponde ao percentual de pessoas que não ingerem nenhum tipo de bebida alcoólica. Nem mesmo um licor. Então, as estatísticas não mostram nada, apenas que 30% dos brasileiros adultos, de alguma forma ingerem bebidas alcoólicas.

“Mas e a redução no número de acidentes apresentadas?” perguntarão outros. Ora, a lei finalmente, começou a ser aplicada com rigor. Se a lei se aplicasse nos níveis anteriores, os “pinguços” inveterados também haveriam de reduzir o abuso, assim como agora. Não acham? Os consumidores moderados, não seriam, no meu ponto de vista, injustamente penalizados

sábado, 9 de agosto de 2008

Zona Leste - Vila Verinha - "Reinaldo"

No final da década de 50, mais precisamente no ano de 1957, quando nos mudamos para o bairro, recém fundado, poucos eram os habitantes do lugar. Algumas casas se escondiam em meio às matas; A trilha era o caminho a ser seguido. Tudo isso dava a Vila Verinha, um certo ar de perigo e mistério, que sem dúvida, foi causa de tantas inspirações.


Na época existiam dois empórios: Do Manezinho que ficava localizado no alto da rua lº de Maio com a Rua Abílio Nascimento e; Bar do Lídio Peixoto, que ficava na baixada da mesma lº de Maio, à beira da ponte de madeira. Era neste local que meu pai Júlio Marinheiro tomava seus tragos junto aos pais de meus amigos.

Os adolescentes, assim como eu, formavam grupos (turmas) divididos por faixa etária. Os líderes na maioria das vezes eram escolhidos por afinidade. No bairro existiam diversos grupos. Não como os que infestam as grandes cidades atualmente, onde o lema é a violência; Eram sim, grupos de companheiros e o que prevalecia era a amizade. Todos participavam das mesmas brincadeiras de rua. Aos domingos festas, bailes, cinema e o “footing”. Esses eram os nossos divertimentos preferidos. Se houvesse alguma encrenca (briga) com um dos membros, aí sim, “0 páu comia”. Quem pudesse mais chorava menos. Só, que eram brigas limpas, sem apelação de facas ou revólveres. Os mais violentos no máximo apelavam para o "balaústre", madeira muito usada na época para cercar as residências. Dessas,se originavam apelidos, como “Mela-Côco”, por exemplo.

Entre as turmas que existiam vou tentar retratar algumas das mais atuantes, "Aos amigos que por ventura, lerem esta coluna e quiserem se manifestar, poderão fazê-lo e, comigo, corrigir algumas falhas, que por força de memória eu venha cometer".

A minha querida Vila Verinha viu nascer algumas das turmas mais unidas na época: A turma do Reinaldo (Eriovaldo de Castro): Turma do “Bunga”; Turma do “Cartouche”; Afora estas três, existiam ainda: Turma do Bolinha; “Irmãos Metralha”, Turma do Caveira, etc...

Reinaldo Filho de Dona Alice que fazia doces em formato de aves como galos águias e outras além das chupetinhas de açúcar que era a maior festa da molecada. Reinaldo era um garoto muito engenhoso, tinha conhecimento em carpintaria, liderava um grupo de garotos na faixa de dez a doze anos. Juntos construíam pequenas casas de madeiras, que eram usadas para encontros e reuniões da turma.

Durante a semana, todos da turma trabalhavam “duro”, catando papéis, ferros-velhos, engraxando sapatos, até mesmo estercos de cavalo; Para tudo havia comprador. Não posso deixar de lembrar, que todo o dinheiro conseguido era entregue nas mãos de nossas mães. Apenas uma pequena parte nos era repassado nos fins de semana.

O domingo era o grande dia: Todos nos reuníamos na esquina para juntos, irmos ao cinema, assistir a continuação do seriado da semana anterior. Era o maior sufoco; Pois o mocinho (herói do filme ), ficava a maior parte do tempo em perigo quando o episódio terminava.

Naquele tempo havia três cinemas em nossa cidade: Fênix; João Gomes e; Cine Presidente, que era o mais novo. A gente precisava até usar sapatos para entrar! Sem sapatos não se podia ir ao cinema naquela época. Isso, não Ju nada fácil. Mas tudo era uma questão de inteligência e organização. Momentos antes de chegarmos no cinema, Reinaldo já coordenava uma estratégia: Aqueles que tinham sapatos emprestavam um dos pés para os que não tinham; A ordem era todos entrarmos “mancando” como se estivéssemos com um dos pés pé machucado sem poder calçar. E assim íamos entrando um a um, cada um com um pé de sapato.

Aquilo para nós era uma festa, pois mais uma vez havíamos conseguido "enganar" o porteiro e o fiscal. Hoje fico imaginando o que eles falavam, um ao outro, depois de nos deixarem entrar; pois é claro, que êles percebiam a nossa trama. É...Aqueles dois...Eram bons sujeitos afinal.

Ao término da sessão a gente começava a viver as aventuras dos nossos ídolos do cinema. Ao chegarmos em casa, o primeiro compromisso era irmos à casa de Reinaldo, para combinar uma batalha de revolver e espingarda (de brinquedo é claro). Formados os grupos adversários, íamos ao sitio do Akira, um dos colegas, lá então, fazíamos o palco das batalhas. Rauzinho era o banqueiro, já que ele possuía pacotes de cédulas de dinheiro de papel que vinham dentro do pacote de café.
Reinaldo logo desenvolveu habilidade com o violão d'onde extraia belas melodias as quais ensinava aos meninos mais aguçados, tais como Adãozinho, Zeringué, Adelino Moreira Oswaldo Japonês e outros.

Assim crescemos felizes, sem tomar-nos consciência da pobreza em que vivíamos. Ajudados pela falta de informação, não tínhamos conhecimento das coisas maravilhosas que o dinheiro poderia oferecer, por isso, ninguém sofria por não poder desfrutá-las.Como disse certa vez o poeta e filósofo Chico Buarque " Pior do que passar necessidade, é passar vontade das coisas" .

A ORIGEM DA VILA MARINA



     COLONIZAÇÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE


 A ORIGEM DA VILA MARINA

               
Assim como milhares de italianos, o Sr. Giácomo Artoni, sua esposa Lúcia Alberici e quatro filhos. desembarcaram no porto de Santos, em busca das famosas terras férteis e da prosperidade tão difundidas pelas companhias colonizadoras na Europa, para atrair trabalhadores para suas colonizações.
               
               Assim que chegaram,  o Sr Giacomo e Família foram contratados para trabalharem numa fazenda de café em Jardinópolis, onde nasceu o caçula Alberto Artoni, em 20 de Abril de 1903. Logo o Sr. Giacomo veio a falecer, deixando viúva Dona Lúcia com os cinco filhos.

            Com  muitas dificuldades, a família foi juntando as libras esterlinas, que era a moeda mais recomendada para se guardar na época. Com  essas economias a viúva e seus filhos compraram um sítio no município de Presidente Prudente em 1923, para onde se mudaram.
                
                 Alberto Artoni, o mais jovem dos filhos, compra da Fazenda Montalvão em 1930 um sítio com plantação de café. A fazenda Montalvão era muito próxima da cidade  e possuia muitos colonos.
         Como a cultura do café já não estava dando rentabilidade, Alberto então resolve mudar sua cultura de café para frutas, principalmente peras e por isso, o sítio passou a ser chamado de chácara do Italiano.

                    Alberto já com 30 anos, conheceu Marina Meneguesso, filha de colonos, por quem se apaixonou, vindo a se casar em 13 de setembro de 1933. Dessa união, nasceram sete filhos: Gentila; Amilcar(falecido); Adílio(falecido); Alderico; Mário; Gilda e; Maria Lúcia. O casal adotou também um sobrinho de nome Aléssio Nazaré(falecido). Todos se casaram e constituíram família em Presidente Prudente.

                       Presidente Prudente  cresceu muito fazendo com que a fazenda ficasse dentro da cidade, então em 1951, Sr. Alberto  contratou a empresa Sociedade de Engenharia Representações e Corretagens de Presidente Prudente de propriedade do amigo Sr. Fernando Pereira da Silva, esposo da Sra. Marina Armelim, residentes até hoje na Rua Dr. Gurgel, 376.

Firma essa que desenvolveu um projeto para o loteamento do sítio de 9,52 ha, no que é hoje a Vila Marina em homenagem a esposa de Alberto Artoni Dona Marina Artoni e; da esposa de seu amigo Fernando, Marina Armelin.

                              A primeira casa onde Sr. Alberto morou com sua família ainda existe na esquina das ruas Joaquim Batista Filho com a Dr. João Franco de Godoy, residência do ferroviário aposentado Sr. José do Fio. O terreirão de Café, era onde se situa hoje a casa do Sr. José Morandi.
          
                              Em 1954, construiu uma nova casa para morar no início da Marechal Floriano Peixoto número 55, onde viveu até sua morte. Hoje o casarão abriga o 1º Distrito Policial de Presidente Prudente.

                                A proximidade com o centro da cidade e da Estação Ferroviária, fez com que muitos funcionários da estrada de Ferro viessem a comprar lotes da nova vila que por seu relevo muito irregular, cheio de morrotes e depressões chegou a ser intitulada como  a Suíça brasileira.
 A Vila Marina serviu de alavanca para impulsionar o desenvolvimento das demais vilas que se abririam além dela. Tanto que em 1962 o Sr. Alberto doou ao Estado, com a anuência da Prefeitura Municipal, um terreno onde se construiria um moderno prédio para abrigar a Escola Estadual de Primeiro Grau Antonio Fioravante de Menezes. 

                                 Dona Marina, era uma pessoa muito enérgica e justa. Gostava de comemorar os aniversários da família com grandes festas, onde reunia os filhos, netos, parentes e os muitos amigos. Tinha um coração nobre e cheio de amor. Faleceu em 24 de fevereiro de 1995.
Toda a extensão de sua fazenda, foi loteada. com, excessão de uma pequena gleba que mantinha uma família morando,  Dona Isaltina Benzedeira com seu marido Zé Cachoeira..
Nesta propriedade, existia uma pequena produção de hortaliças, plantas da época como, milho,  legumes, tubérculos  e frutas. 
A casa dos cuidadores, era circundada por uma cerca viva de pinhões bravo, e diversas árvores, onde os rapazes do bairro se reuniam, por ter uma visão privilegiada aos domingos para assistirem às peladas de futebol que transcorria em um campinho logo abaixo.

                                                    Informações fornecidas por Alberico Bezerra de Lima em 1998

C


                














A HISTÓRIA DO CARNAVAL PRUDENTINO"

É impressionante como personagens importantíssimos de nossa cultura são tão ràpidamente esquecidos e fatos valiosos são deturpados, não importando o que eles representem para a sociedade. Prova disto, foi a grande dificuldade que sentimos na apuração de episódios tão recentes de nossa história, que ora relatamos. No entanto, ainda existem aqueles que sabem valorizar estes ícones da história do nosso samba. O EMBAIXADOR teve esta feliz iniciativa, visando acabar de vez com o polêmico "ranking" apresentado pelas Agremiações carnavalescas, pesquisando os resultados obtidos por cada uma de1as ao longo desses anos.

Sem querer, ser o dono absoluto da verdade, o que pretendemos na verdade, é que esta pesquisa, seja o embrião de um livro que contará nos mínimos detalhes. A verdadeira história das escolas de samba prudentinas e seus personagens.

Cada escola de Samba, possui uma história muito peculiar, e cada desfile daria um capítulo do livro que seria necessário para registrar a história de cada uma delas. Portanto, neste momento, tentaremos fazer um resumo do carnaval sem nos aprofundarmos muito em detalhes que deixaremos para registrar futuramente num trabalho mais apurado.

                                                              “BICO DE OURO”

Por volta de 1.958, a diversão mais comum nos finais de semana em nossa região, eram os forrós, realizados nos fundos de quintais, em barracas improvisadas de armação de bambu, cobertas de lona. Na Vila Verinha (Bairro situado na Zona Leste de Pres. Prudente), morava Dona Ernestina, uma senhora muito festeira que promovia esses bailes que varavam as noites. Era em meio a este ambiente alegre que viviam os filhos de D. Ernestina:César(Sebastião Fontes); Bunga (José Fontes); Carlos Fontes e Vera.

Talves por isso, Bunga, segundo filho, de D. Nestina tenha desenvolvido grande habilidade rítmica. Assim, utilizando-se de uma pele de cabra e um tambor de carbureto ( material usado em soldas), construiu um surdo (instrumento de percussão), com o qual acompanhava os sambas da época. O instrumento fez enorme sucesso junto aos seus companheiros, que seguindo suas orientações, também construíram os seus próprios, com os quais, passaram a tocar em conjunto sob as sombras das árvores da chácara do Albertão(Alberto Artoni) situado no mesmo bairro, às tardes de domingo.

Em virtude da grande facilidade de se conseguir o material necessário para a confecção dos instrumentos,uma vez que no bairro viviam Seo Raul dos carneiros e o pai do amigo Valdemar dos carneiros que criavam e comercializavam carnes de cabras sendo que suas peles eram descartadas por não terem valor comercial e; os tambores de carbureto eram facilmente encontrados nas oficinas da cidade. Assim, rapidamente o grupo cresceu e quando já estavam bem afinados, D. Ernestina, sugeriu aos rapazes que colocassem o nome de "Bico-de-Ouro" no conjunto, pois era assim que ela brincava com seu filho Bunga, em virtude do mesmo estar sempre assoviando. A sugestão foi apresentada ao grupo por Ademar Pantera e segundo Santão,  foi aceita por todos com grande estardalhaço.
E foi assim, que: Bunga, Rafa, Bé, Jorjão (Jorge Marcelino), Paulão "Beiço-de-Ferro", Luizinho, Néu, Otacílio, Daniel, Nelson, Santão, Piscuila, Tião Macalé, Lindo Flor, Dito, Ademar(Pantera) e a que seria a primeira Porta-Bandeira de Presidente Prudente, Isaura Pena, junto a outros, fundaram a Escola de Samba "Bico-de-Ouro".

O sucesso foi tão grande, que para a escola desfilar nos dias de carnaval, era preciso improvisar um isolamento de cordas circundando os sambistas, segurado por membros da comunidade, que ia se movimentando à medida
                                                                                 que a escola fosse evoluindo, pois a platéia queria invadir a avenida, para sambar junto aos passistas e cabrochas. Segurar a corda de isolamento, era considerado uma honra na época.



Ao longo desses anos, a participação da "Bico" foi marcada por várias desativações, mas temos registrado a partir de 1971, sua vitória nos anos de 1972, 1985, 1988 sendo que neste ano, foi campeã do Carnaval Municipal e também do Regional.




                                                            “SAUDOSA MANGUEIRA”








Posteriormente, surgiu também na zona leste da cidade, a Escola de Samba "Saudosa Mangueira" fundada pelo legendário "Sombrinha", figura muito conhecida e estimada por todos. Embora alguns afirmem que a “Escola do Sombrinha” seja a mais antiga, não encontramos nenhum registro desta versão.









“ACADÊMICOS DO BOSQUE”


Em 1967 ano do Jubileu de ouro de Presidente Prudente, Tomás, jogador de futebol da “APEA”, clube associativo da cidade que tinha um time disputando a Divisão Especial Paulista, fundava a terceira escola de samba de Prudente: A Escola de Samba “ACADÊMICOS DO BOSQUE" mais conhecida como “Escola do Tomás".

Desfile da acadêmicos do Bosque em 1967

Pela sua condição de jogador, Tomás viajava muito. Assim, teve oportunidade de conhecer pessoalmente escolas de samba do Rio e São Paulo. Usando de seu prestígio junto a população e sua influência junto ao clube em que jogava, com a ajuda de alguns pecuaristas, montou uma escola de samba, que causou verdadeiro deslumbre ao povo da cidade, pela sua organização e luxo. Conseguiu até ônibus para buscar sambistas em São Paulo, além arregimentar algumas " feras" de Prudente como O Buti, Jorjão Beiço, entre outros.

Fantasias luxuosas, alegorias lindíssimas. Foi uma maravilha. Nunca Pres. Prudente tinha assistido tamanho espetáculo, que até hoje, ficou na memória daqueles que a conheceram

A Escola do Tomás, só desfilou um ano mas deu a sua contribuição para a evolução do carnaval prudentino, pois os diretores das outras escolas que surgiriam, souberam absorver e aproveitar os conhecimentos demonstrados por Tomás e os aplicaram em suas agremiações, que a partir de então, se apresentaram com mais beleza. Por isso, a importância desta agremiação para o carnaval desta região.

Como a repressão não era privilégio apenas do Rio e São Paulo, no interior a coisa também era "braba" e o movimento carnavalesco, aos olhos das autoridades, crescia "perigosamente", então, a prefeitura parou de promover os desfiles de rua, fazendo com que em 1968, a "Bico de Ouro", fosse se apresentar em Presidente Venceslau e a de Tomás fosse desativada.



                                                  “INDEPENDENTES DA ZONA LESTE”

Em 1.971, Domingo de carnaval, quando ninguém mais se lembrava de escolas de samba, o povo assistia ao desfile de carros a que se resumiu o entrudo da cidade. Eis que de repente,surgiu sem nenhum aviso ou preparação, um grupo de garotos liderados por "João Fornalha", executando músicas carnavalescas e sambas da época, utilizando como instrumentos de percussão, latas de diversos tipos e tamanhos, frigideiras, reco-recos, chocalhos, e tudo mais em que pudessem produzir algum som. Suas vestes eram confeccionadas com papel de seda de pipas, jornais e camisetas desfiadas. Seus pés eram pintados de branco, simulando sapatilhas. Aquilo, causou na população que assistia, verdadeiro êxtase que não se contentando em deixar o grupo passar, o acompanhava pelas ruas da cidade.

Um locutor radiofônico que transmitia ao corso, que transcorria sem nenhum entusiasmo, percebendo a reação popular, sugeriu ao líder do grupo, João Fornalha, que colocasse um nome na escola de samba, e retornasse com a mesma na terça-feira, enquanto conclamava aos ouvintes, que organizassem outros grupos, para concorrerem a prêmios que seriam oferecidos pela Emissora.

Como estava auge do campeonato de futebol Dente-de-Leite, Fornalha e seus amigos decidiram colocar este nome na escola.
Assim, surgiu a Escola de Samba "Dente-de¬-Leite", de: Fornalha, Josué, Rubens Vieira, Zé Luiz, Jorge Galli, Marco Ambrósio, Braço-de-Pau (Marcos Fróis), Nego Li, Zeti, Toninha, Messias, Betinho, Dorão, Rael, Isaias, Homero Ferreira, Cacau, Ninho, Rubão(Mancha Negra), Miro, Tigrão, Marinheiro, Vardiley, Edjaime, as costureiras oficiais da escola, Dona Junice e Dona Pêra. Dezenas de outros nomes importantes que seria impossível citar neste momento.
Essa agremiação,

 Em 1974 por sugestão de Marcos Ambrósio, a agremiação mudou o nome para "Mandrakes" e em 1977,passou a se chamar "Independentes da Zona Leste". É até hoje, a mais numerosa da cidade, sendo a única da cidade a possuir sede própria e ter desfilado ininterruptamente, desde a sua fundação. Venceu em 79, 84, 86, 89 e 90.


                                                    “ESCOLA DE SAMBA DA VILA BRASIL”

Também em 1971, já na terça-feira,atendendo ao apelo do locutor Hélio Athia, surgiu a Escola de Samba da “Vila Brasil", remanescente da "Saudosa Mangueira" do Sombrinha.

Esta escola, sempre desfilou sem pretensões de concorrer aos prêmios, por isso não evoluía em termos de indumentária e organização, assim em poucos anos veio a desaparecer.


                                                                             “MALACOS DO TÊNIS”



Ainda na terça-feira de carnaval de 1971, surgia os "Malacos do Tênis", de: Pérsio, Pinheiro, Landinho, Amendoim, Carrara, Rubão, Vendra, Marinho. Renê, Eduardo, Mario Salvador, e a porta bandeira Maria Cristina, dentre outras feras .

O que consta, e que os "Malacos", já existia como um bloco de salão e nesse dia, apresentara-se montado na carroceria de uma camioneta, o que até hoje, provoca controvérsias, quanto a data de sua fundação como bloco de carnaval. Mesmo assim, abiscoitou o prêmio oferecido pela Rádio Comercial aos blocos participantes.


Em 1972, concorreram Malacos do Tênis”; "Bico de Ouro" e; "Dente-de-Leite", Aconteceu neste concurso, um fato pitoresco: Numa falha  da comissão organizadora, que já antevendo o resultado,  mandou confeccionar três troféus, de 1°; 2° e; 3° lugares previamente gravados. Foram surpreendidos pela boa apresentação da "Bico de Ouro", cujos membros não aceitando a 2ª colocação partiram para cima dos jurados, que assustados refizeram o resultado e deram para a "Bico", 1° lugar e para os elementos do Tênis, mais maleáveis, deram também O 1° lugar,só que como bloco, mas recebendo o troféu e prêmio de 2ª colocada. Ficando neste caso, apenas duas escolas concorrendo. Mas restou para a escola "Dente-de-Leite" apenas o troféu de 3° lugar com o prêmio correspondente, e para justificar, a comissão julgadora simplesmente argumentou, que não poderia colocar em julgamento escolas de adultos, concorrendo com menores, esquecendo-se que embora a escola adotasse um nome infantil, seus componentes, na maioria eram adultos e as inscrições, tinham sido aceitas naquela condição pela comissão organizadora, devendo então prevalecer as regras estabelecidas.

Esse fato veio determinar apenas para 1973, a instituição da “Malacos”, como escola de Samba, que se constituiu na mais luxuosa da cidade, vencendo quase todos os campeonatos. O que, segundo os diretores das outras agremiações, era atribuído ao fato dos membros da comissão julgadora, pertencerem em sua maioria, ao quadro associativo do clube mantenedor da escola.



Por mais que as outras agremiações se esforçassem, não conseguiam sobrepujar nem igualar em beleza e luxo a escola do Tênis Clube, Isto, fez com que em 1976, num gesto de grandeza, desfilasse sem concorrer ao título. Infelizmente, esse gesto, desestimulou os membros da escola, fazendo-a que ficasse três anos sem se apresentar, só retornando em 1980.

Desfilou até 1985, sempre alheio aos concursos. Por isso, mais uma vez, desmotivada, se afastou dos desfiles, reaparecendo numa fraca exibição em 1988, agregando elementos de várias escolas e segmentos sociais, descaracterizando-a como escola da elite. Venceu em 71 e 72 como bloco. Como escola em 73,74 e 75. Nos anos seguintes não participou dos concursos.



                                                          “AGRICOLINOS DO SAMBA”

Em 1.974, surgia os "Agricolinos do Samba"; bloco fundado pelos alunos da Escola Estadual Agrícola de Presidente Prudente, só participando este ano.



                                                “UNIDOS DO JARDIM PAULISTA”



Em 1.973, era fundado o bloco "Unidos do Jardim Paulista", do Jorjão,Lázaro,Lê, Sucupira, Buti, Bari, Lima, Rosca e outros "bambas". Desfilou pela primeira vez  como Bloco em 1974. Vencendo "Os Agricolinos do Samba" em 1975, passou para condição de Escola. Esta agremiação, faturou inúmeros títulos de campeã, vencendo como bloco em.74 e 90. Como escola do 1º grupo venceu em 76, 77, 78, 80, 81, 87, 91, 92, 94, 95 96 e 99.


Sem esquecermos de citar o abnegado presidente, Helio Cortez, sempre nas cabeças.








Destacamos ainda, a participação do Ignácio Serafim, profundo conhecedor do samba, Oriundo da "Camisa Verde e Branco" de São Paulo, passou pela "Bico de Ouro", " Unidos " e deixou também sua marca na "Zona Leste".



                                                                                                                                                                                                                                     

                                                        “GAROTOS DA VILA DUBUS”

Em 1980, surgia o bloco "Garotos da Vila Dubus", de: José C. Neves (Zecão), José Ricci, João Lourenço, Fabio Nougueira, O mestre-sala Toninho, Sato, Roberto Marcelo.



Em 1982, já como Escola de Samba, faturou o 1° lugar. Esta escola composta por grande número de antigos elementos do Tênis, demonstrou grande poder financeiro,vencendo em I982 e 1983. Sua marca registrada era o potentíssimo carro de som que fazia os diretores concorrentes "suarem frio" quando faziam sua chamada para o desfile. Suas fantasias também eram luxuosas. Veio para assumir o lugar da "Malacos do Tênis". Em 1984 , já no terceiro ano como escola do 1º grupo, foi classificada em segundo lugar. sentindo-se prejudicada,simplesmente, parou de desfilar.


“UNIÃO DA VILA”



Dissidentes da "Unidos do Jardim Paulista", Sabiru, Bel, Elias, Índio, Sucupira, fundaram em 1981, na a Escola de samba "União da Vila".
Esta escola foi fundada na Avenida Washington Luiz,  residência do Prof. Agenor, grande incentivador do Carnaval e movimentos musicais, pai de Izabel, Elias e Índio.
Sob o comando de Sabirú, a Escola de Samba, conquistou o 2º lugar naquele ano.


Sabiru, foi muito importante para nosso carnaval, pois foi êle quem introduziu a exploração de temas atuais e de sucesso no cinema e TV. pois as demais escolas se prendiam em temas históricos ou folclóricos.
Sagrou-se campeão pela "Unidos" com o tema "Raízes", aproveitando o sucesso de uma série da rede Globo, e vice campeão pela “União da Vila com o tema "O Sítio do Pica-Pau Amarelo" de Monteiro Lobato, também apresentado pela Globo. Mais tarde, em 1989, como presidente da Zona Leste, introduziu as esculturas gigantes, que até hoje, são apresentadas pelas escolas. Foi campeão com o tema "Doce Vida de Ilusão", que exigia figuras colossais. Tarefa esta, facilitada, pela disponibilidade de vários artistas dentro da comunidade da Zona Leste.




                                                            “AGUIA DOURADA”

Surgiram outras agremiações. Em 1983, 0 bloco “Águia Eldorada" do Olímpio Ricci, Otávio Rosa, José Silvério Filho, Neusa Francisco Alves, Jose Gomes Ferreira(Zé Novo). Desfilou como bloco até o ano de 1988, quando era extinta a categoria bloco, passando a escola de samba do grupo II, com o nome de Escola de Samba “Águia Dourada”.



                                                  “DRAGÕES DA VILA LIBERDADE”


Ainda em 1.983 era fundado no Parque do Povo,  bloco "Dragões da Vila Liberdade" do Antônio Lins ( Johnny), Paulinho mecânico, Dona Bênis.



                                                                     “SE SAIR É MILAGRE”


Em 1984 era fundado o Bloco "Se Sair e Milagre" do Paulo Isaac, Hilton de Campos, Kuruka, D. Ana, Cabeção, Hélio Cruz, que nos primeiros anos desfilou como bloco, mas quando foi instituído o ascenso e descenso,, ela com direito a subir para primeiro grupo não satisfeita com o valor da subvenção da Prefeitura, veio a se afastar do carnaval.

O que consta, é que na Vila Brasil, com a extinção da “Escola do Sombrinha”, algumas pessoas sempre se reuniam tentando formar um bloco para desfilar no carnaval. Neste ano, aproveitando o interesse de alguns elementos de peso, discidentes da Zona Leste, o grupo se reuniu novamente, quando em dado momento, alguém teria se manifestado de uma forma duvidosa “Se este bloco sair é milagre”. E então adotaram este nome para o Bloco.

                                                  Carro Alegórico By Cláudio e Marinheiro

Mais tarde, sob o comando de Jorge Galli,, Renato, Edgar, Tico, Cláudio ,Vagner, Edson ,"Sr" Hélio, D. Ana, passou a ser escola de samba, sendo hoje das fortes concorrentes.
                                           Comissão de Frente na passarela do Parque do Povo



                                                                           “ 14 BIS’


Em 1.985 era fundada a Escofa de Samba "14 Bis ", por Roberto Marcelo, Josué Macedo, Alzir, José Clóvis, Cida, Nivaldo, Furlan, Eder, e Roberto de Oliveira, Seu primeiro desfile foi em 1986. Já neste ano, vencia na categoria bloco. Assim como em 1.987 e 1.988 . Em 1.989 concorreu como escola do 2° grupo, vencendo. Em 1.990, concorreu no 1° grupo, tirando o 2° lugar. Sentindo-se prejudicada no julgamento, parou de desfilar.

Em 1988, Pres. ,Prudente foi sede do 1° Carnaval Regional, com a participação de escolas de Tupã, Venceslau e Pres. Epitácio, ficando O título de campeã para a "Bico de Ouro". Foi vencedora também do concurso municipal neste ano.


   






                                                                                                                 “TRADIÇÃO CIDADE 2000”

"Tradição Cidade 2000", do Manoel Oliveira Filho , Anastácio, Luizinho (Geada), fundada, segundo depoimento de seus diretores, em 1988, mas devidos a vários motivos só vieram se apresentar a partir de 1.990. Foi campeã do Grupo II em 90 e do Grupo I em 1993.
Esta agremiação. Por pertencer a um bairro imensamente povoado, tinha todas as condições de se tornar uma fortíssima candidata , mas depois receber a  subvenção do desfile não se apresentou e nunca mais se falou nela;

Observamos durante esta pesquisa, que alguns movimentos, surgem por conta de campanhas políticas, onde alguns candidatos, investem em alguma agremiação para obterem vantagens política, mas após as eleições as abandonam. Por isso, a constante fundação e afastamento de algumas agremiações.
Esta prática, prejudicava sobre maneira as escolas mais antigas, pois as verbas publicas eram divididas em partes iguais entre todas as inscritas. Daí, a instituição no regulamento da Associação das Escolas de Samba, do item que determina que nos dois primeiros anos, a agremiação deveria desfilar com recursos próprios e a partir do terceiro ano, disputaria no segundo grupo, cujo subsídio era menor. Vencendo neste grupo, adquiriria o direito de disputar no primeiro grupo. Ou então a qualquer tempo a convite da Associação,decidido por votação do Conselho de Representantes da AESPP.



                                                                            “RENASCER”



A Escola de Samba "Renascer", da Mazé e Serginho. Desfilou em 1995 sem subsídos públicos e em 1996 como escola do 2° grupo. Venceu no primeiro grupo em 1.997 favorecido por um resultado polêmico que prejudicava a “Zona Leste”, que para não dar vantagem a terrível rival Unidos, abriu mão em favor da Renascer. Isto a fortaleceu de modo que ela veio vencer também em 1.998.

Parecia que vinha com tudo para dominar os desfiles de Presidente Prudente mas infelizmente e inexplicavelmente, não se apresentou mais, privando-nos de sua apresentação.


 
                                                                                  ***


Em 1998 a Associação das Escolas de Samba de Presidente Prudente,foi convidada a participar do 8º encontro do Samba Paulista,que a ser realizado em Jundiaí-SP, e para representar a cidade e receber o título da Milagres, enviou o sambista Cláudio Caetano, editor chefe do jornal "A Voz do Samba".
Como havia sido realizado pela FESEC ( Federação das Escolas de Samba Paulista), um concurso para escolher os melhores Temas e Enredos dop Estado de São Paulo, a escola prudentina "Se Sair é Milagre", foi escolhida como a escola de melhor Tema do Estado apresentando: " Em busca do Arco-Iris".

Na ocasião, Cláudio teve a oportunidade de confraternizar com diversos personagens importantes do carnaval paulista, como o próprio Leandro de Itaquera; Shirley e Justino da FESEC; Gabi, o inesquecível Mestre-Sala da Camisa verde; Kiko do Grupo Redenção e; muitos outros bambambans.

Rainha do CarnavalPaulista 1998 Leandro de Itaquera e Cláudio Caetano


                                                      “IMPERADOR DO BRASIL NOVO”


Por fim, a mais nova de todas:, a Escola de Samba "Imperador do Brasil Novo" da Ângela e Adilson. Apresentou-se pela primeira vez em 1.999 e 2.000

1.999- Este ano, mais uma vez, as autoridades prudentinas, alegando mil motivos, deixaram de oferecer subsídios às Escolas de Samba, fazendo assim, que somente as mais estruturadas, se apresentassem precariamente nos desfiles. Usando de toda a sua criatividade, as escolas se apresentaram com galhardia, pois aqui, não existem gravadoras, direitos de arena e nem estações de TV, contribuindo para as despesas. Salvo, raríssimas empresas que por conta da amizade buscam ajudar os diretores das escolas em suas lutas.

Cavalo de S. Jorge e o Dragão GRCES Indep. Zona Leste 1995
Participaram dos desfiles, "Imperador do Brasil Novo" ; "Independentes da Zona Leste" ; "Se Sair e Milagre" ; "Bico de Ouro" ; "Unidos do Jardim Paulista" , que sagrou-se campeã.
A Comissão Julgadora, este ano era constituída por profissionais da imprensa falada, escrita e televisiva, da cidade, que apontaram o seguinte resultado:1°lugar “Unidos do Jardim Paulista”, 2º Se Sair e Milagre; 3° Bico de Ouro; 4º "Independentes da Zona Leste”, que este ano julgando não haver desfile, investiu na construção da sede, vindo a se apresentar muito modesta e; Em 5° lugar ficou a “Imperador do Brasil Novo”.

“Contamos ainda com a apresentação de uma ala da Escola de Samba ”Nenê de Vila Matilde", que arrasou". É... mais ainda, se comparando com as escolas da cidade, bastante fragilizadas pela crise. Embora todos tenhamos adorado ver a apresentação do "Seo" Nenê , ainda achamos que seria mais saudável se a empresa que patrocinou a vinda desta escola de samba de São Paulo, destinasse esses recursos para melhorar a apresentação das escolas da cidade. Mas valeu!!! Sempre é bom saber que temos mais um empresário que acredita na importância cultural e econômica do Carnaval.

Segundo dados do comando do 18° Batalhão CPA-lO, aproximadamente 30 mil pessoas compareceram na avenida 14 de Setembro para prestigiar os desfiles das escolas de samba da cidade, que mesmo sem verbas públicas fizeram um bom carnaval.
A desorganização foi o ponto falho, pois o cronograma pré estabelecido entre a Associação das Escolas de Samba e Secretaria Municipal de Cultura, não foi cumprido a rigor. O maior prejudicado foi o público que suportou pacientemente os constantes atrasos.
A terrível falta de verba que insiste em pairar sobre a cidade, ameaça extinguir de vez o Carnaval de rua Prudentino. Só que agora, com a conivência dos diretores das escolas e Associação. É que, cansados de implorar as minguadas verbas públicas, os diretores vencidos pelo cansaço, não quiseram mais se indispor com as autoridades municipais em busca de verbas.
O fato é que estes diretores são pais de família, que precisam lutar no dia a dia, para sua subsistência, dedicando então, apenas as horas de folga para as agremiações. Não cabe a nós, portanto, cobrar-lhes nada, já que não os remuneramos para desenvolver nenhum trabalho.

Torcemos muito, para que no futuro as escolas superem suas dificuldades e possam assim abrilhantar o nosso carnaval, não deixando que essa nossa paixão venha se acabar



Homenagens:

Uma figura que não podemos deixar de destacar é a de Sr. Alvim da Silveira Santos(In memorian), que além de ter passado pela diretoria de várias escolas, foi presidente da Associação das Escolas de Samba de Pres. Prudente, fazendo um excelente trabalho.

Mais uma figura importante, foi Manoel dos Santos “Messias” (In memorian), um dos componentes mais antigos da Zona Leste. Especializou-se em armações e aramagem das saias de baianas e Porta-Bandeiras, sendo nos últimos anos, muito requisitado por várias agremiações, chegando a dar grandes sustos nas diretorias quando “desaparecia” a serviço de alguma agremiação, mas sempre reaparecia em tempo hábil de cumprir seus compromissos.


Antonia Vieira “Toninha” (In memorian) esposa de “Messias” cuja existência se mistura ao carnaval, pois desde os primeiros movimentos carnavalescos da “Dente-de-Leite” iniciados em prudente na década de 70, já se observava essa família auxiliando nos preparativos dos desfiles. Filha de “Seo” Lazinho e mãe de: Claudinho; Cleide, Heide; Mestre Beronha; Élcio e; Márcio, todos entusiastas do carnaval. Prudentino, já que também participaram de outras agremiações da cidade.
Lúcia e Dinho

Outro que nos deixou prematuramente foi Devaldo de Oliveira : (Dinho) - Mestre-Sala por excelência. Nunca tirou menos que 10 em suas apresentações. Ele mesmo criava suas fantasias. Foi também Diretor de Bateria e Compositor.
Marisílvia e Adilson

Adilson: Outra promessa na arte de Mestre-Sala, que o carnaval prudentino perdeu também prematuramente. Faleceu aos 18 anos vítima de um acidente com a arma do Tiro de Guerra, quando montava guarda no quartel.


Mais um baluarte do carnaval de Presidente Prudente foi Ailton Rosa, (In memorian) artista plástico e artesão. Foi um dos principais responsáveis pela instalação do camelódromo em nossa cidade. Como carnavalesco, depois de ter passado pela “Bico de Ouro” se apaixonou pela “Zona Leste” onde permaneceu até o final de seus dias.

Sérgio Massanes
O que chamava a atenção, era o fato, de Ayrton, residir no outro lado da cidade, e não faltar um dia sequer, aos trabalhos da
escola .Mesmo quando se encontrava sem condução. Colocava o filho nos ombros e com sua esposa, irmão; cunhada e sobrinhos, sempre animados, vinham mesmo à pé, até o local das confecções da Zona Leste, retornando da mesma forma, quando já era madrugada, já que ao clarear o dia, tinha que estar a postos em sua banca de artesanato.



Cleide e Rosamiro


O Grande Rosamiro (In Memorian). Figura inesquecível! Nos tempos em que o casal real era imprescindível no desfile, este era o seu papel que representava com galhardia. Sempre confeccionou sua própria fantasia, além de criar diversos modelos para outras alas. Por isso, sempre foi o diretor de fantasia da Zona Leste desde sua fundação.


Também perdemos Fátima (In Memorian), Porta-Bandeira nota 10. Desfilou em quase todas as Escolas de Presidente Prudente, sempre com a mesma graça e beleza. Infelizmente nos deixou muito jovem. Mas sua lembrança permanecerá para sempre nos anais do Carnaval Prudentino.

E quem não se lembra da Célia Preta (In Memorian), a super passista; Eterna Rainha da bateria da Zona Leste. Que se foi tão jovem, mas deixou milhares de amigos que a estimavam muito.

Jorge Ap. Ignácio
Vina
À direita: Jorjão (Beiço ) Um
 dos cabeças da Unidos do Jardim Paulista. Participava de todos os eventos daquela agremiação. Desfilou também na escola do Tomás em 1967, quando ainda era um garoto. Uma grande perda para a cultura prudentina.




Lembramos ainda:




Lúcia e Márcia
Isaias+Josué Ferreira dos Reis+ Sérgio Massanes(Sérgio Preto);      +Marcos Massanes( Marco Preto);+ Vina; Lúcio de Souza( Tigrão); + Josimar (Véio); +Edjaime de Oliveira; +Valdir Macedo; +Tetéia( Filho de Néo); + Lázaro Vieira( Seo Lazinho); Esperança Ferreira ( D. Pêra); + Cláudio Ferreira ( Amiguinho); Dona Bênis Pereira; Adão Marinheiro( Adãozinho), Pedrinho doido, Benedito Gonçalves(Ditinho);  Nego Bil, + Almir Calixto(Bil da Vila); +Juarez Fernandes(Bil da Vera); +Joaquim Ferreira da Silva; +Gena do pandeeiro, Márcia Massanes; Patoquinha;Márcia; Lúcia

Elza Preta