Páginas

sábado, 1 de agosto de 2009

O SUICÍDIO DO SAPO




Dizem que se colocarmos um sapo numa vasilha com água fria e aquecermos esta água aos poucos, o sapo morrerá cozido sem que se aperceba.
Assim, agem os governantes brasileiros com relação ao povo.

Aos poucos, vemos nossos direitos e liberdade serem cerceados pelo poder financeiro, com nosso próprio apoio.

Com a desculpa de estar procurando melhorar algum serviço ou benefício para a população, devagarinho, o governo vai impondo condições, taxas, impostos, custos adicionais em quase tudo disponibilizado aos cidadãos, privando grande parte destes, das benesses da tecnologia do mundo moderno.

O uso das ruas e estradas é um exemplo.

Licenciamento: Com a desculpa de oferecer à população motorizada, boas estradas asfaltadas, interligando as cidades, inventaram este imposto. Carroças, bicicletas, automóveis, caminhões barcos, etc... Todos pagavam; e claro ninguém contestou. Naturalmente, pois os veículos, teriam, para circularem pelas ruas e estradas, que serem vistoriados; protegidos; monitorados pelo Estado; então era necessário se pagar por isso. Nada mais natural!

IPVA .As Prefeituras “cresceram os olhos” em cima da arrecadação, com a desculpa que as prefeituras também tinham que investir em: ruas; sinalização; fiscalização; criaram mais este imposto. Mas não foi o bastante. O povo ainda tinha muita gordura para queimar. Então: Vamos multar! Criar Zonas de estacionamentos! Tudo isso, para melhorar o trânsito.Claro que ninguém seria contra isso. Aprovado!

Gasolina + caro: Com a desculpa que gastos com veículos eram supérfluos, o governo sempre manteve os impostos sobre combustíveis nas estratosferas. Muitas vezes os brasileiros pagavam até 10 vezes mais caro no mesmo combustível, que vendíamos para outros países. E ninguém questionou. Pois era preciso diminuir nossa dependência das importações.
Mas só vimos carros velhos estacionados para economizar. Ou não?

Pedágios! Isso foi “pra acabar!” No começo, se construía uma auto-estrada moderna e impingia-se um pedágio. Com a desculpa que quem não quiser pagar, que use a estrada comum.
Hoje, qualquer estrada esburacada pode ser taxada, com a desculpa que um dia vai ser melhorada.
Nas primeiras estradas taxadas, distância média entre uma praça de pedágio e outra era de 80 a 100 quilômetros. Hoje basta alguém decidir, pode-se cobrar até por pequenos trechos de 10 quilômetros. A ponto, de quem não morar, trabalhar e estudar no mesmo bairro, corre o risco de pagar pedágio para se locomover de um lugar ou outro dentro da mesma cidade.Já se ventila(para ir amaciando)a idéia, de se pedagiar os grandes centros urbanos.

Mas com tudo isso, o povo ainda insiste no uso desse “supérfluo?” meio de transporte, congestionando as estradas e ruas das cidades. O que fazer?

Aí, aparece um gênio com uma idéia brilhante:
Rodízio! É isso! Claro! Já pensou se todos as pessoas que possuem apenas um carro, usarem os mesmos, dias sim e dias não? O quanto reduziria o fluxo de veículos na cidade?

Então pergunto: Você acha que o rico ficou sem usar veículos porque a placa dele era ímpar ou par? Claro que não! Apenas tiveram que dobrar o número de veículos em suas garagens. E com a vantagem de poderem se beneficiar de um trânsito muito mais tranqüilo.

E a massa?
Ora! Eles que vão à pé! de trem ou ônibus! Ônibus fretado!(Já estão tirando de circulação, porque atrapalha o folgadão que tem vários carros).

Enfim! Nossos governantes não conseguem mais inventar maneiras para dificultar o uso de veículos pelos mais pobres.

“Eles só aprendem quando são atingidos no bolso!” Última moda. Então que se aumentem as multas. Prendam as carteiras. Instituam a obrigatoriedade de novos cursos.”Reciclagem” “Carta provisória”; “Quanto mais caro melhor!” Psicólogos; Oculistas; Empresas de Vistorias( quem viver verá o que isso vai virar); Escolas de formação. Além disso, isso vai gerar empregos! Argumentarão alguns “cupinchas” de alto escalão, ao chefe.

E assim, o direito de usar seu veículo, vai ficando cada vez mais distante dos pobres. Porque dependendo do que acontecer, quem não tiver muito dinheiro, nunca mais poderá exercer este direito.

Porque você não verá um rico deixar de usar seus possantes automóveis por conta do alto custo dos pedágios nas estradas, balneários, praias.

Você não verá um rico dirigindo cuidadosamente seu possante veículo a 110 km/h, por medo de receber uma multa. Por mais caro que seja.

Você não verá um rico dizer que não poderá sair com seu carro, naquele dia, porque a placa de seu veículo e ímpar ou par.

Ou ainda, que não pode usar veículo, por seu documento estar apreendido, por ter provocado algum acidente. Pois sempre haverá algum recurso jurídico ou outro qualquer que o mesmo possa lançar mão.

Mas a criatividade do povo brasileiro é sem comparação no mundo; como vem fazendo desde que inventaram a feijoada, o povão tratou de se adaptar às motos.
Isso mesmo: Motos!

Com todos os entraves disponibilizados pelos nossos governantes, os mais pobres foram obrigados a optarem pelo uso de motos, inclusive, criando um novo e revolucionário( Hoje implantado em todos os países onde vivem brasileiros) de transporte de cargas e passageiros; aumentando absurdamente sua presença nas ruas e estradas.

Diante desse fato, logo tratariam de arranjar uma justificativa para dar um novo golpe nas intenções dos cidadãos brasileiros que insistirem em fazer uso das ruas e estradas. Mas como proibir um pobre de se locomover pelas nossas ruas e estradas, sem parecer imposição? Sem ferir o direito de ir e vir do brasileiro? Esse é o problema.

Seguro Obrigatório: Como já não bastasse fazer com que os pobres ficassem praticamente proibidos de utilizarem automóveis, agora estão tentando tirar-lhes o direito de andar com motos, através do aumento monstruoso do valor do seguro obrigatório, com a desculpa que os motoqueiros provocam mais acidentes.

Ora Isso não era de se prever? Quantas motos estão em circulação? Quanto menos automóveis virmos nas ruas, com certeza iremos ver aumentar em proporção o uso de motos. Depois disso, restarão as bicicletas como recurso. Então, veremos morrer ciclistas, aos milhares.

Ainda hoje, estão surgindo pequenas cidades que naturalmente vão se tornar metrópoles. E o gozado, é que os “especialistas” não defendem a obrigatoriedade de se traçar projetos para se fundar uma cidade, prevendo o aumento do fluxo de veículos em longo prazo(100 anos ou mais), que será absurdo e inevitável. A menos que inventem outro sistema de transporte( Teletransporte por exemplo).

Obs: Já se pode observar, o retorno de algumas “Bykes” adaptadas com micros motores circulando pelas ruas. Logo veremos,não duvido, latarias de fuscas sobre bicicletas.